Caso você seja convidado para uma festa onde o traje seja fino, certamente, você não irá de bermuda, a não ser que queira causar constrangimento, passar por ridículo ou queira, simplesmente, desagradar o dono da festa. Por outro lado, você não vai de traje fino caminhar na praia com seus amigos. Para cada situação convencionou-se uma forma de se portar. Assim é com os sexos. Se for menino é roupinha azul, cueca, boné e carrinho e se for menina é roupinha rosa, calcinha, brinco e boneca. Homem não pode fazer nado sincronizado e mulher não pode servir o exército. Ou pode? Convencionou-se... Cultura... Contracultura... “Ser ou não ser? Eis a questão.” Ser de um país, família, planeta, sexo, cultura, religião... Não. Estar é a palavra. Estou neste país, família, planeta, sexo, cultura, religião... Ser é eterno, estar é passageiro. Tudo é passageiro. Ser vivo ou estar vivo? Sou deste sexo ou estou em um corpo que tem este sexo? O corpo sente fome, sede, vontade de fazer sexo, mas nós estamos apenas pilotando. Como o carro que está acabando o combustível e você para no posto para reabastecer. Nós somos a mente e estamos no cérebro pilotando o corpo. Se forem amputadas as pernas e braços do nosso corpo, se ficarmos tetraplégicos, mesmo assim, continuaremos no cérebro comandando o pouco que sobrou. Precisamos de poucas partes do corpo para existir. Portanto, qual é o problema de ir à praia de terno, na festa de bermuda, homem usar brinco, mulher jogar futebol, homem transar com homem, mulher com mulher ou os quatro juntos numa orgia sem limites e, depois, tomar banho de chapéu? Qual é mais gostoso: o pênis ou a vagina? Na dúvida provaremos os dois. Quem tem sexo é o corpo, nós somos assexuados. Ou somos bissexuais? Tanto faz. Não importa. Então, não prejudicarás o próximo e sempre camisinha.